O Grupo Barra de Renda surgiu da iniciativa de se consolidar o resgate do oficio das RENDEIRAS DE BILRO na Barra do Jucu, em Vila Velha e paulatinamente contribuir para isso em todo o estado do Espírito Santo.
Este ofício já foi a principal fonte de renda das mulheres deste lugar até meados dos anos 70 mas, com o tempo, foi perdendo a representatividade.
O Projeto de resgate originou-se de uma pesquisa realizada pela arquiteta Regina Maria Ruschi, implantada inicialmente através do Museu Vivo da Barra do Jucu em 2015 e contou com a participação efetiva das mestras Rosa Leão Malta e Enedina França de Paiva.
Em 2017 esse grupo tornou-se independente e passou a chamar-se Barra de Renda. Hoje, dez anos após a sua criação, o coletivo conta com a participação de aproximadamente 60 mulheres, envolvendo mestras, oficineiras e aprendizes de todas as idades e de diversas regiões do Estado, que se dedicam a compartilhar saberes vislumbrando a perpetuação desta riqueza cultural.
Além da dedicação de voluntários, coordenadores e parceiros, o grupo é formado por rendeiras, bordadeiras, costureiras, crocheteiras e outros artesãos, que atuam com modelo de gestão compartilhada e produção coletiva promovendo o desenvolvimento da economia criativa e solidária na região através deste artesanato de tradição.
Realiza oficinas permanentes de ensino da técnica e participa de feiras, mostras culturais e exposições de arte, tendo como foco a busca de sustentabilidade humana, econômica, cultural e comunitária. Desenvolve projetos aprovados em editais de cultura, visando o desenvolvimento e fortalecimento do oficio da renda de bilro como importante elemento da cultura popular capixaba.
O grupo Barra de Renda já tem fomentado concretamente o resgate desse ofício em outras localidades capixabas, principalmente em comunidades litorâneas e de pesca, onde a renda manual já teve forte expressão, reafirmando a máxima, herdada de Portugal, “Onde há Rede, há Renda”.

