

Aqui você encontra informações detalhadas sobre a Renda de Bilro da Barra do Jucu, que se expande para todo o estado do Espírito Santo.
Em breve mais detalhes!

Assista abaixo um trecho da matéria do programa Gazeta Meio Dia, da TV Gazeta / Rede Globo, exibida no dia 04/12/2024, apresentando as obras de 30 artistas capixabas, na exposição do Museu Vale, na Casa Porto das Artes, em Vitória/ES, utilizando peças de rendas de bilros desenvolvidas pelo núcleo produtivo do Ponto de Memória Barra de Renda.
Entrevistas
Memórias.
O legado do passado que se faz presente, que mantém viva a história e constrói pontes com o futuro! Importante para transmitir de geração em geração a cultura de um povo, seus modos de pensar e fazer, seus valores e tradições.
Este é o propósito do grupo Barra de Renda ao realizar o Projeto Ponto de Memória das Rendeiras de Bilro do Espírito Santo.
Queremos resgatar muito mais que a história de um ofício que, quase, se perdera no tempo. Mais que isso, nos propomos a reconhecer a contribuição de tantas mulheres fortes, que com mãos hábeis teciam rendas, transbordavam afetos e marcaram seu tempo com seus jeitos simples, alegres e modos de vida comunitários.
Neste vídeo vamos ouvir a história de três mulheres ligadas pelas memórias afetivas da renda de bilro.
Você vai conhecer Laudiceia Santos Marvila, a Didi, e Bernadete Vieira, ambas filhas de rendeiras tradicionais da Barra do Jucu e Iocleia Aureliano Guszansck, uma quilombola que veio para a Grande Vitória ainda criança, mas quer manter viva a história da avó rendeira e sua almofada, em um quilombo no Norte do Espírito Santo. Hoje ela se tornou mulher rendeira e contribui muito com o Barra de Renda.
#pratodosverem #pracegover [Este vídeo foi gravado durante um dia de sol, apresentando três mulheres que estão sendo entrevistadas em um local chamado República da Barra, localizado na Barra do Jucu, em Vila Velha, no estado do Espírito Santo. O local é bem agradável e tem a aparência de um quintal arborizado, com árvores que fazem sombra. Circulando no local, estão pessoas que interagem entre si e participam de uma feira de variedades, inclusive integrantes de uma banda de congo que estão se preparando para se apresentar].
Ela é neta e filha de rendeira, então rendeira ela é!
Vamos conferir o depoimento da rendeira Joecy Lyra dos Reis Cruz, que faz parte do grupo Barra de Renda.
Sua avó, Dona Luzia Bianco Lyra foi uma grande rendeira da comunidade, junto com sua irmã Tilda Bianco. Ela ensinou as próprias filhas e muitas mulheres da comunidade a arte da renda de bilro. Foi sua aluna Rosa Leão Malta, a Dona Rosinha, que ganhou da mestra a sua primeira almofada de rendeira. Teve seis filhos e faleceu com mais de 90 anos.
A mãe de Joyce, Dona Leonir Caldas Lyra, além de rendeira, gostava de costurar, bordar e fazer crochê. Tinha muitos atributos, pois gostava muito das artes manuais, e principalmente de “arrumar noivas em dia de casamento”.
#pratodosverem #pracegover [Este vídeo foi gravado em um ambiente fechado, dentro da residência da entrevistada, localizada na Barra do Jucu, em Vila Velha, no estado do Espírito Santo. Joecy é uma mulher loira, branca e está sentada ao lado de uma almofada com bilros que está posicionada em cima de um cavalete. Ao final do vídeo, quando inicia a música, aparece as mãos de Joecy praticando a renda].
Ela é escritora, poetisa, pintora, música, atriz e muito mais.
E claro, uma pessoa assim se apaixona sempre por tudo que é bom, principalmente da cultura popular.
Esta é Marilena Vellozo Soneghet Bergmann, que adotou a Barra do Jucu como seu lar há muitas décadas.
Tudo que encanta e toca seu coração, em suas mãos se transforma em poesia, música e crônicas que enchem os ouvidos.
E não poderia ser diferente com a renda de bilro. A delicadeza do cruzamento de fios já a inspirou a escrever poesias, a cantar e a criar laços afetivos para sempre.
Ela não é rendeira de ofício, mas de alma. Cruza letras e palavras em belas composições. Vamos conferir nesta edição os seus laços afetivos com a renda de bilro e a comunidade da Barra do Jucu.
#pratodosverem #pracegover [Este vídeo foi gravado na residência da entrevistada Marilena, em dois ambientes, parte em ambiente fechado, com dezenas de objetos decorativos e parte em ambiente aberto, com demais objetos decorativos e plantas, na Barra do Jucu, em Vila Velha, no estado do Espírito Santo. Marilena é uma mulher branca e de cabelos curtos. Quando inicia a música, Marilena é quem canta e toca o violão].
Aos sete anos de idade ele veio à Barra do Jucu, pela primeira vez, com a mãe para comprar renda de bilro.
Uma amiga da família havia falado para sua mãe das belas rendas produzidas na comunidade. E ele, tão criança ainda, ficou encantado com o lugar que tomou uma decisão muito importante para idade. – “Quando me casar vou vir morar aqui”, falou para o pai.
O rapaz cresceu, se tornou um pintor famoso, viajou pelo mundo. Mas quando se casou, em 1974, cumpriu a promessa e aqui veio morar com a esposa, aqui teve os filhos, aqui fixou residência pra sempre.
Estamos falando do pintor Kleber Galvêas, casado com a professora e rendeira Anita Bonadiman.
Ele recebeu a equipe do Projeto Ponto de Memória, realizado pelo Grupo Barra de Renda, para falar desta relação afetiva com a Barra do Jucu, com as rendeiras, os pescadores e os encantos naturais deste lugar. Confira!
#pratodosverem #pracegover [Este vídeo foi gravado na residência dos entrevistados Kleber e Anita, na Barra do Jucu, em Vila Velha, no estado do Espírito Santo. Os dois estão sentados na varanda, em local amplo, com uma janela acima de uma bancada, com livros, quadros e objetos decorativos. Kleber é um homem branco, com barba e cabelos brancos. Anita é uma mulher branca de cabelos curtos, ambos com estatura média].
A inclusão é um dos valores que move o Grupo Barra de Renda.
Em nosso meio acolhemos e valorizamos primeiro a pessoa, depois verificamos se, com suas diferenças, é necessário um tratamento especial, alguma medida que contribua para melhorar sua permanência entre nós.
E foi assim que recebemos uma rendeira pra lá de especial, uma baiana “arretada”, apaixonada por renda de bilro e que veio dar os primeiros passos nesta arte aqui na Barra do Jucu.
Esta é a Rita Lacerda, uma cadeirante que adora aventuras e que não mede esforços para aprender a rendar.
Ela sai do município da Serra, todo sábado, e vem para a Barra do Jucu realizar o seu sonho, incentivada pela amiga e também rendeira Ana Cristina Pôncio, moradora de Jardim Camburi, em Vitória.
Nesta edição, entrevistada pelas instrutoras Marisa Vieira Gervásio e Rosiane Biet, e com a participação da coordenadora Regina Ruschi, ela conta como foi seus primeiros contatos com o Grupo Barra de Renda, como foi acolhida pelo grupo.
E também como tem levado sua experiência para mulheres de Itamaraju, na Bahia, que enfrentam o luto pela perda parentes.
Rita seja sempre bem vinda à Barra do Jucu e ao Grupo Barra de Renda!
#pratodosverem #pracegover [Este vídeo foi gravado no Ateliêr do Grupo Barra de Renda, local com clores claras e bem iluminado, com a presença de Rita Lacerda, das instrutoras de renda de bilro Mariza Gervásio e Rosiane Biet, e também a coordenadora do grupo Regina Ruschi, em ambiente fechado, com dezenas de objetos decorativos. O Ateliêr fica localizado na Barra do Jucu, em Vila Velha, no estado do Espírito Santo. Todas as mulheres estão sentadas. Marisa e Rosiane estão do lado esquerdo, Rita no centro, tecendo renda e Regina está do lado direito do vídeo, que aparece apenas uma vez.]
Muita gente tem participado da tarefa de fazer com que o Espírito Santo volte a ser referência na confecção de renda de bilro. Direta ou indiretamente, são muitas mãos e corações que lutam para que o ofício de rendeira continue vivo em nossa história. E uma pessoa em especial tem feito muito por este sonho.
É dona Giza Guimarães Ruschi, de 93 anos e que há dez participa desta luta com muita determinação e garra. Moradora de Vitória, Dona Giza assumiu esta tarefa com muita dedicação, como tudo que fez e faz na vida. Mãe da coordenadora do Grupo Barra de Renda, Regina Maria Ruschi, e colaborando com a filha, ela deu os primeiros passos do ofício aos 84 anos. Costureira, bordadeira, crocheteira, ela desvendou os mistérios da renda de bilro com a ajuda das mestras Dona Rosinha e Dona Enedina. Mas também, com a filha, buscou ajudar a ensinar às demais aprendizes através dos conhecimentos extraídos de uma apostila digital que sua nora emprestou. Para que o projeto fosse a frente, ajudou voluntariamente a produzir as primeiras almofadas e bilros para o grupo.
Se dedicou tanto que se tornou uma rendeira “de mão cheia”, confeccionando “quilômetros de renda”, como diz sua filha Regina. Atualmente produz uma infinidade de toalhinhas bordadas que é o produto campeão de vendas do Barra de Renda. Confira a bela entrevista com esta mulher forte, de muita fibra, mas delicada como são as rendas e rendeiras do ES.
#pratodosverem #pracegover [Este vídeo foi gravado na residência de Dona Giza, em Vitória, no estado do Espírito Santo, ambiente fechado, com clores claras e bem iluminado, com móveis e dezenas de objetos decorativos. Conta com a presença de Marina Filetti, Maria Filetti, Ricardo Vereza e Paulinho e Regina Ruschi, filhos de Giza. Todas as pessoas estão sentadas. Ricardo e Maria estão no mesmo sofá; Marina está em pé filmando e entrevistando e; Regina está sentada em uma poltrona ao lado de sua mãe, Giza, com um cavalete com almofada e renda de bilro no meio].